Na frente da minha janela
tinha uma cortina tão bela
de árvores feita.
Embora não sendo perfeita,
era uma mancha tão verde
que mais parecia uma parede.
Eucaliptos, sobreiros,
carvalhos, pinheiros
e outra vegetação;
giestas, fetos,
rosas
e flores campestres.
Uma mancha tão pequena
mas que valia bem a pena,
ocultava aquela estrada
de que eu não gosto nada,
troço desnecessário
neste nó rodoviário.
Apesar das árvores serem poucas
davam abrigo a pássaros;
pegas, gaios,
melros e poupas,
alguns insectos
e bonitas borboletas.
Mas os homens cruéis
interesseiros insensíveis,
trazem máquinas, serras
e uma grua,
num instante a mata fica nua
deixando ver a imensa rua,
o trânsito a poluição
que me faz grande aflição.
Acabou o sossego,
agora a paisagem mete medo,
cheia de pó
que faz dó,
devastada,
deixa-me destroçada.
3 comentários:
Vim por aqui dar uma espreitadela e, decididamente, gostei muito do que li.
Parabéns e ter-me-á por visita mais vezes. É certo.
Beijos
A humanidade é perita em estragar o ambiente em que vive.
Obrigada pela visita. Gostei muito de conhecer o seu blogue. **
Senhora poetiza... e pintora :)
parabens pelos textos, pelas pintura e pelo blog :)
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