quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Desalento

Quebraram-lhe o coração,
em cacos pequenos,
de tão pequenos,
não se pode reconstruir.
Estriparam-lhe a alma,
ou a roubaram,
ou foi ela que a perdeu
não viu,
não deu por nada,
estaria a dormir?
Resta agora
um envoltório,
esvaziado,
frágil.
Porque não o leva o vento,
para a sumidade do firmamento?
Perdê-lo, na vastidão do oceano
quiçá nas areias do deserto!?
Sobeja agora dor,
remanesce sofrer…
Para quê, viver?
…Queria ela, saber morrer…

3 comentários:

Maria Clarinda disse...

Tirei este amanhecer para te visitar...não imaginas como foram lindos os momentos que aqui passei, entre os teus poemas e os teus desenhos que gosto bastante.
Obrigada pela visita. Jinhos mil

Arménia Baptista disse...

Obrigada Maria Clarinda, pelas palavras simpáticas que me deixou...

bjinhos

Anónimo disse...

Menina linda de caracóis pretos, teu coração foi despedaçado e assim o brilho do teu olhar foi enublado ... mas não baixes a cabeça, não aprisiones a tua mente com pensamentos obscuros, não lacrimeje por escolhas erradas, por pedras atiradas sem saber o porque, que agora sonha voltar a reaver. Levante a cabeça, limpe suas lágrimas e olhe o mundo novamente que está alguém esperando pelo brilho do seu olhar. Saber morrer ninguém sabe, muito menos saber viver. Por isso agarre o que tem, e não pense mais na impiedosa que é a vida, pois ela jamais pensará em você.
Beijos queridos e sentidos.

Pinoxen