quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Na minha varanda
















Na minha varanda
a poente virada,
baloiça a sardinheira
de salmão pintada.
De perfumadas flores
vai trepando a cerieira
p’los metálicos tutores.
Debruça-se na balaustrada
a púrpura roseira
sacudindo
sedosas pétalas.
Na pequena floreira,
cresce um ramo de aromas:
louro, hortelã, menta
e alfazema de folhagem cinzenta.
Lá, no cantinho
mesmo ao lado da porta,
desponta o rosmaninho
no vaso de terracota.
A varanda sossegada,
por vezes,
também se agita,
quando recebe a visita
de insectos, passarada
e dos gatos,
Fritz e Tita.