domingo, 9 de novembro de 2008

Na Casa do Mosteiro

Recordo com saudade,
a Casa do Mosteiro,
onde nasci.
Na parte desabitada
que servia de palheiro,
brincava eu, o dia inteiro.
O chão esburacado,
de palha tapado,
fazia as minhas delícias;
Saltos, correrias,
travessuras e tropelias.

Na parte virada a sul,
via eu, um céu azul
através das friestas
que para mim eram janelas,
de todas, as mais belas,
por onde trepavam heras
de lindas folhas verdes,
fixando-se às paredes
amareladas, de granito.
Como tudo era bonito!…

E aquele odor,
libertado pela palha,
acentuado pelo calor,
do sol que se infiltrava
pelos buracos do telhado,
alongando-se pelo chão.
Que saudade da leve fragrância
que me ficou desde a infância,
uma bela sensação,
que lembro com emoção.

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