segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Casa do Ronco















Oca ficou a casa,
vazia de tudo
plena de ausências.
Sobeja espaço
no casarão centenário
sombrio, emudecido
e esquecido.
Dói tanto abandono
tamanha ruína.
Subsiste a memória;
dos risos na sala velha,
das correrias no pomar,
das brincadeiras no sótão
e das escondidinhas no moinho.
Os tempos infinitos
a admirar os vasos
tão bonitos,
das begónias na varanda,
com as suas folhas de veludo
observando tudo
através das janelas…
tão diferentes eram elas
das plantas do jardim!
…Coisas tão belas!...
Tinham de terminar assim?!

8 comentários:

Paulo J. Mendes disse...

Estou a gostar de passar por aqui e ver estes trabalhos.
Venham mais :))

Maria Rego disse...

O poema está lindo e transmite muita nostalgia...até eu fiquei com pena!!!
A aguarela está belíssima, parabéns Arménia.
Bjnhs

Jorge Rego disse...

Muito bom mesmo! A Senhora devia dedicar-se não só às aguarelas mas também à poesia e prosa. Vai ter que arranjar tempo para fazer uma exposição que ligue esses temas. Não estou a brincar. Não devemos esconder dos outros aquilo que de bom podemos dar a ver. Bjs.

teresa disse...

O que somos hoje é o que vivemos ontem!e o que vivemos e sentimos aí, mantem-se ainda hoje inalterável...e inesquecível!

Anónimo disse...

tudo tem o seu tempo... mesmo que não queiramos.

Restam as boas lembranças
.

Bjinhos

Edu disse...

Era tao bom voltar a esses tempos.Agora parece que tudo esta abandonado, não só as casas...tudo ate a nossa infancia.
bejinho e que tela linda , serio.Adoro

filhipe...! disse...

ola!
Se me permitem vou lançar aqui um leilão por este quadro(aquarela...)
A minha base de licitação (não percebo nada destes valores, mas aqui vai...) é de 20€!!!
quero ver quem dá mais!

Arménia Baptista disse...

«filhipe...!», essa do leilão tem piada, mas esta e algumas das publicadas, já não as tenho...ofereci à família :))
...mas fica a ideia, obrigada.